GT01: Antropologia e práticas audiovisuais
Refletir sobre a prática audiovisual em pesquisas sócio-antropológicas.
Coordenadores:
Alexandre F. C Vale (UFC) e Edgar Teodoro da Cunha (UNESP)
e-mails: acamaravale@gmail.com; edgar.cunha@fclar.unesp.br
Refletir sobre a prática audiovisual em pesquisas sócio-antropológicas.
Coordenadores:
Alexandre F. C Vale (UFC) e Edgar Teodoro da Cunha (UNESP)
e-mails: acamaravale@gmail.com; edgar.cunha@fclar.unesp.br
Trabalhos aprovados
Kpoo Dance Tounament
Thiago Haruo Santos (USP, Mestrando)
Apresento resultados preliminares de uma pesquisa de mestrado em andamento sobre a prática musical do pop coreano (K-pop) na cidade de São Paulo. De maneira geral, trata-se de uma atividade realizada entre jovens que cantam e dançam músicas pop de ídolos sul coreanos, ensaiando coletivamente em espaços públicos como o Centro Cultural Vergueiro e se apresentando em espaços organizados para esse fim. Foco em questões metodológicas referente ao uso de filmadora como ferramenta de interação e troca de informações com meus interlocutores. Sendo eles também produtores e difusores dos seus próprios videos, descrevo ainda como realizar a pesquisa etnográfica acompanhado de uma câmera possibilitou perceber suas expectativas em torno da perspectiva da filmagem, do tempo entre a filmagem e a divulgação e como estes elementos me ajudaram a perceber meus interlocutores mobilizando esse universo de consumo e produção midiática para realizar sua própria prática musical.
Dialogando através das lentes: registros audiovisuais e afirmação identitária dos pescadores e pescadoras do litoral do ES
Thiago Haruo Santos (USP, Mestrando)
Apresento resultados preliminares de uma pesquisa de mestrado em andamento sobre a prática musical do pop coreano (K-pop) na cidade de São Paulo. De maneira geral, trata-se de uma atividade realizada entre jovens que cantam e dançam músicas pop de ídolos sul coreanos, ensaiando coletivamente em espaços públicos como o Centro Cultural Vergueiro e se apresentando em espaços organizados para esse fim. Foco em questões metodológicas referente ao uso de filmadora como ferramenta de interação e troca de informações com meus interlocutores. Sendo eles também produtores e difusores dos seus próprios videos, descrevo ainda como realizar a pesquisa etnográfica acompanhado de uma câmera possibilitou perceber suas expectativas em torno da perspectiva da filmagem, do tempo entre a filmagem e a divulgação e como estes elementos me ajudaram a perceber meus interlocutores mobilizando esse universo de consumo e produção midiática para realizar sua própria prática musical.
Dialogando através das lentes: registros audiovisuais e afirmação identitária dos pescadores e pescadoras do litoral do ES
Profa. Dra. Winifred Knox (UFES)
Profª Dra. Daniela Zanetti (UFES)
Trata-se de um trabalho que visa a reflexão sobre o processo de utilização de registros imagéticos e sonoros através de metodologias dialogadas no trabalho de campo de projeto de pesquisa/extensão com equipe multidisciplinar entre pescadores no litoral do ES. A pesquisa foi realizada em comunidades pesqueiras litorâneas, cujos contextos sociocultural e ambiental nos últimos anos,têm sido de exclusão social e do sofrimento por conta dos impactos resultantes de Grandes Projetos de Desenvolvimento. Pode-se dizer que o uso desta metodologia variou entre uma Antropologia engajada, compartilhada, participativa e dialogada. Procurou-se refletir a partir dessa experiência de pesquisa, questões teóricas referentes ao uso deste instrumento metodológico, às relações sociais de produção do discurso e sobre a reconstituição de memórias coletivas a partir de arquivos audiovisuais e fontes orais.Tais reflexões envolvem também pensar as questões sobre autoria, sobre defesa de direitos políticos étnicos. Neste sentido, também se considera este processo como fonte de afirmações identitárias.
Pintura corporal e xamanismo: experiência sobre a produção de um vídeo entre os Tapirapé
Vandimar Marques Damas (UFG, Doutorando)
Realizo entre o povo ameríndio Tapirapé, do tronco lingüístico Tupi, uma etnografia sobre a pintura corporal e o xamanismo. E como resultado final desta pesquisa, além de uma tese, pretendo apresentar também um vídeo sobre a prática da pintura corporal e do xamanismo. A imagem do grafismo revela um potencial expressivo, uma vez que, esta imagem possui, entre outras coisas, o estatuto de veículo de contato e de presentificação de diferentes realidades ontológicas entre vários povos indígenas. Para o entendimento de mundos não-humanos, canais de comunicação como as cores, cantos, odores, coreografias e os grafismos demonstram ser em muitos casos mais fortes do que a palavra, ou a escrita, daí a importância de se fazer um vídeo (GALLOIS, 2002). O objetivo, não é apenas mostrar as imagens do grafismo ou os corpos dos Tapirapé, mas mostrar outras formas de relação entre os sujeitos que constroem seus cotidianos e sua arte. Palavras-Chave: Vídeo etnográfico, pintura corporal, xamanismo.
Antropologia e fotografia: aproximações metodológicas ao estudo da religião
Suzana Ramos Coutinho (Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Este trabalho visa discutir aspectos antropológicos e de práticas visuais a partir das experiências etnográficas com o Quilombo Mel da Pedreira, em Macapá. Entre as peculiaridades do grupo está o fato de, na contramão da religiosidade predominante entre os grupos quilombolas da região, elaborar sua identidade religiosa a partir de elementos protestantes (vinculados à Igreja Presbiteriana do Brasil) e não à elementos das religiões afro-brasileiras.
Entre as particularidades, incluímos também a necessidade de
investigar e discutir a transição/negociação desta religiosidade popular versus
protestante para um modelo particular de religiosidade, onde são acomodados
diferentes elementos pertencentes ao cenário religioso brasileiro e que ajudam
a compor a noção de identidade do grupo. É com base neste universo que nos
deparamos – e aqui buscamos também discutir – a necessidade de reflexão sobre
novos métodos e estratégias de coleta de dados audiovisuais e análise que
ofereçam um aporte mais preciso para o entendimento do grupo em questão.
(Audio)visualidades
e os novos estatutos do sujeito: aportes para a Antropologia Visual
Rosane da Silva Borges (Professora doutora do curso de Comunicação Social da UEL)
Rosane da Silva Borges (Professora doutora do curso de Comunicação Social da UEL)
Este artigo tem como propósito discutir a trama da imagem nos processos da comunicação audiovisual, com ênfase no cinema e na televisão. Pensada como “fato” cultural, a imagem é aqui concebida como artefato do imaginário que incide sobre os novos estatutos do sujeito. Como o cinema e a TV, dois suportes que nascem sob o signo do analógico, reinvestem na contemporaneidade nos modos de subjetivação de grupos historicamente discriminados? Como a imagem do negro e da mulher negra passam por remodelações ou reafirmações estereotipadas nas telas desses dois meios em tempos que correm? De que modo pode a antropologia visual fornecer elementos para as reflexões em torno das identidades fluidas que nos habitam, tecidas a partir das narrativas audiovisuais? Amparando-se nas ciências da linguagem, “(Audio)visualidades e os novos estatutos do sujeito: aportes para a antropologia visual” mobiliza os princípios teóricos que dão sustentação a essa área de investigação, num exercício transdisciplinar que recobre a comunicação, a antropologia e a psicanálise.